Tema 1.150: Legitimidade Banco do Brasil PASEP
Introdução: Entendendo o Tema 1.150
O Tema 1.150 representa um marco fundamental para esclarecer a legitimidade passiva do Banco do Brasil em demandas relacionadas ao PASEP. A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) veio para definir com mais segurança quem deve responder em ações envolvendo os fundos dessa importante reserva dos servidores públicos. Dessa forma, inúmeros trabalhadores que têm seus direitos ligados ao PASEP passaram a contar com um respaldo jurídico mais claro, tornando-se um passo crucial para garantir sua proteção.
Em resumo:
O Tema 1.150 esclarece quais instituições são responsáveis nas ações envolvendo o PASEP, garantindo aos trabalhadores maior segurança jurídica. Complementado pelo Tema 1.300, o entendimento também define o ônus da prova em casos de contestação de saque, prevenindo dúvidas e facilitando a defesa de direitos.
Além disso, a complementação pelo Tema 1.300 do STJ trouxe à tona um ponto indispensável: o esclarecimento sobre o ônus da prova nas situações em que o saque do PASEP é contestado. Assim, essa decisão auxilia os envolvidos a entender melhor suas responsabilidades quando buscam recuperar valores, evitando dúvidas e erros processuais.
Para quem é servidor público, ficar por dentro dessas definições jurídicas é fundamental. Nesse sentido, profissionais experientes, como os da Barbieri Advogados, estão prontos para orientar e defender seus direitos, dando todo o suporte necessário diante dessas questões complexas.

Ónus da Prova nas Operações de Saque com o PASEP
O Tema 1.300 do STJ traz clareza sobre quem deve comprovar o que nas diferentes situações de saque do PASEP. Você sabe como isso funciona na prática? Vamos entender as três situações distintas definidas pela Corte.
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Situação |
Responsável pelo Ônus da Prova |
Documentos Comuns Envolvidos |
|---|---|---|
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Saques em agências do Banco do Brasil |
Banco do Brasil |
Comprovantes de saque, extratos bancários, autorizações assinadas |
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Transferências para outras instituições financeiras |
Participante (servidor) |
Declarações de irregularidades, extratos da conta destino, documentos de contestação |
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Pagamentos via PASEP-FOPAG |
Participante (servidor) |
Demonstrativos de pagamento, comprovantes de recebimento, documentos que contestem o valor |
Primeiramente, quando o saque ocorre diretamente em agências do Banco do Brasil, o ônus recai sobre o banco, que precisa comprovar que a operação foi realizada de forma regular. Para isso, é comum que o banco apresente comprovantes e extratos detalhados para validar o saque contestado.
Nos casos de transferências para outras instituições financeiras, o participante do PASEP deve demonstrar eventuais irregularidades, uma vez que o banco libera o valor e o ônus da prova passa a ser do servidor ou beneficiário que identifica o problema.
Por fim, nas operações de pagamento via PASEP-FOPAG, a responsabilidade de provar erros ou divergências também cabe ao participante, que deve apresentar documentos como demonstrativos e comprovantes. Assim, o Tema 1.300 assegura uma divisão equilibrada do ônus da prova, evitando que quem possui menos controle sobre as operações arque com encargos desproporcionais.
Para servidores públicos que buscam compreender melhor os procedimentos e direitos em situações administrativas, é recomendável consultar recursos especializados. Confira nosso guia completo sobre defesa em processos administrativos, que oferece orientações importantes para quem enfrenta desafios no âmbito disciplinar.
Saques em Agência: Responsabilidade do Banco com a Comprovação
Você sabia que, nas operações de saque realizadas diretamente em agências, cabe ao banco a responsabilidade de comprovar que o saque foi feito de forma regular? Isso ocorre porque, nesse contexto, a instituição detém o controle total dos registros e documentos relacionados à transação. Ou seja, cabe a ela apresentar provas que confirmem a legitimidade do saque, protegendo tanto o próprio banco quanto o servidor público envolvido.
Entre os principais documentos que o banco deve fornecer para comprovar a operação, destacam-se:
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Recibos e autorizações assinadas pelo participante;
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Registros internos de atendimento e sistemas bancários;
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Extratos detalhados que demonstrem a movimentação;
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Documentação relacionada à conferência dos valores sacados.
A importância dessa comprovação está no fato de que o servidor público, ao contestar um saque presencial, tem uma vantagem processual significativa. Pois, como o banco é quem deve provar a regularidade da operação, a contestação ganha maior robustez e a defesa do servidor se torna mais eficaz. Caso tenha dúvidas sobre como proceder em situações que envolvam direitos do servidor, é possível encontrar orientações completas na nossa página sobre advocacia especializada para servidor público estadual.
Prova por Servidores: Transferências e Folha de Pagamento
Quando o assunto envolve Transferências e Folha de Pagamento feitas via folha salarial, a responsabilidade de demonstrar eventuais irregularidades recai sobre o próprio servidor. Por quê? Isso acontece porque, diferente dos saques em agência, nestes casos a documentação comprobatória está diretamente nas mãos do servidor, que deve apresentar evidências consistentes para contestar possíveis cobranças ou lançamentos inconsistentes.
Para reforçar a sua defesa, é essencial reunir documentos como:
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Extratos bancários detalhados que evidenciem os valores creditados e movimentados;
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Contracheques ou holerites que comprovem o pagamento e descontos realizados;
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Documentos de comunicação com o setor de recursos humanos ou financeiro da gestão pública;
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Qualquer comprovante ou protocolo de solicitações feitas para esclarecimentos sobre a folha.
Vale lembrar que esse ônus não cabe ao banco responsável pela gestão das contas, pois ele não atua diretamente na execução da folha salarial. Por isso, é importante compreender o funcionamento do sistema e estar preparado para apresentar as provas que sustentem a irregularidade, tornando sua contestação mais eficaz. Para entender melhor sobre como organizar seus documentos e direitos, consulte também nosso conteúdo completo sobre ônus da prova.
Fundamentação Jurídica e Divergência Superada no Tema 1.150
A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acerca da distribuição do ônus da prova fundamentou-se principalmente nos artigos 373, I e II, do Código de Processo Civil (CPC), que definem a regra clássica para atribuição da responsabilidade probatória entre as partes. Nesse contexto, o servidor público, autor da contestação, deve comprovar as irregularidades apontadas, enquanto o banco, responsável pela gestão das contas, permanece isento desse ônus.
No entanto, durante o julgamento, houve discussão interna notória, em especial pela manifestação do Ministro Afrânio Vilela, que defendia uma inversão do ônus da prova, considerando a complexidade das operações e a dificuldade de acesso à documentação pelos servidores. Ainda que seu entendimento tenha sido respeitado, prevaleceu a tese majoritária que reafirma o equilíbrio processual tradicional.
Essa postura visa preservar a segurança jurídica e evitar onerar excessivamente a instituição financeira, cuja atuação limita-se à execução das ordens relativamente à folha salarial. Para quem busca maior detalhamento sobre o tema, recomendamos conferir nosso artigo sobre como recuperar valores não corrigidos e obter indenização e entender a abordagem adotada nos tribunais.
Impacto da Decisão e Conclusão
A decisão do Superior Tribunal de Justiça, com o efeito vinculante do Tema 1.300, representa um marco decisivo para os processos relacionados ao PASEP em todo o Brasil. Graças a essa uniformização, evita-se multiplicidade de interpretações e decisões conflitantes, resguardando a segurança jurídica tanto para servidores públicos quanto para as instituições financeiras envolvidas.
Para os advogados, a clareza estabelecida facilita o direcionamento das estratégias jurídicas, assegurando uma atuação mais eficiente e previsível. Já os servidores públicos ganham respaldo importante, pois seus direitos passam a ser analisados com base em parâmetros consistentes, reduzindo o desgaste e a insegurança processual.
Se você é servidor público e busca orientação especializada, é fundamental contar com profissionais capacitados que conheçam profundamente essa área. Nosso time recomenda que procure assistência jurídica qualificada para assegurar seus direitos de forma concreta e segura. Quer entender melhor como proceder? Recomendamos visitar nossa seção sobre advocacia especializada para servidor público, onde explicamos o passo a passo para garantir proteção jurídica adequada.

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