Aposentadoria por Esclerose Múltipla: Guia dos Direitos Previdenciários
A esclerose múltipla representa um dos maiores desafios médico-jurídicos no contexto previdenciário brasileiro. Esta doença autoimune, que afeta o sistema nervoso central, frequentemente evolui para quadros incapacitantes que demandam proteção social adequada. O ordenamento jurídico reconhece sua gravidade, dispensando inclusive o cumprimento de carência para concessão de benefícios.
Entretanto, o diagnóstico não garante automaticamente acesso aos benefícios previdenciários. A aprovação depende de estratégia jurídica estruturada, documentação médica robusta e compreensão precisa dos critérios administrativos e judiciais aplicáveis.
O que é Esclerose Múltipla e Como Afeta a Capacidade Laboral
A esclerose múltipla constitui doença inflamatória crônica do sistema nervoso central, caracterizada pela destruição progressiva da bainha de mielina que reveste os neurônios. Este processo compromete a transmissão dos impulsos nervosos, resultando em manifestações neurológicas variadas que impactam diretamente a capacidade laboral.
Do ponto de vista previdenciário, a avaliação transcende os sintomas atuais. O caráter progressivo e imprevisível da doença exige análise abrangente. Fadiga incapacitante, alterações cognitivas, comprometimento motor e distúrbios visuais podem, isolados ou combinados, inviabilizar definitivamente o exercício profissional.
Tipos de Esclerose Múltipla e Progressão da Doença
A classificação internacional reconhece quatro formas principais, cada uma com implicações previdenciárias distintas:
Remitente-Recorrente (EMRR): Representa 85% dos casos iniciais, caracterizada por surtos seguidos de remissão parcial ou completa. Justifica auxílio-doença durante crises agudas, com possível conversão em aposentadoria conforme frequência e gravidade das recorrências.
Secundária Progressiva (EMSP): Evolução natural da forma remitente-recorrente com deterioração contínua. Marca momento crítico para conversão de benefício temporário em permanente.
Primária Progressiva (EMPP): Apresenta deterioração funcional contínua desde o diagnóstico inicial. Afeta 10-15% dos pacientes e geralmente fundamenta aposentadoria por invalidez imediata.
Progressiva Recorrente (EMPR): Forma mais rara, combinando progressão contínua com surtos agudos sobrepostos. Prognóstico reservado sustenta benefícios permanentes.
CID G35: Classificação e Implicações Previdenciárias
A Classificação Internacional de Doenças categoriza a esclerose múltipla sob código G35, com especificações determinantes para análise previdenciária:
- G35.1 (Remitente-recorrente): Sustenta benefícios temporários ou permanentes conforme impacto funcional documentado
- G35.2 (Primária progressiva): Estabelece forte presunção de incapacidade permanente
- G35.3 (Secundária progressiva): Sinaliza transição para benefícios definitivos
A especificação precisa do CID orienta a perícia médica e fundamenta a dispensa de carência prevista no artigo 151 da Lei 8.213/91.
Quem Tem Esclerose Múltipla Pode se Aposentar pelo INSS?
A esclerose múltipla não gera direito automático à aposentadoria. O elemento determinante reside na incapacidade laboral decorrente da doença, não no diagnóstico isolado. O INSS reconhece direitos quando a evolução clínica compromete efetivamente a capacidade de trabalho, analisando gravidade das limitações, caráter temporário ou permanente da incapacidade e viabilidade de reabilitação profissional.
Requisitos Específicos para Aposentadoria
A aposentadoria por invalidez exige preenchimento cumulativo de requisitos com particularidades importantes para portadores de esclerose múltipla:
Qualidade de Segurado: Necessário vínculo ativo com a Previdência Social no início da incapacidade ou durante período de graça. A data de início da incapacidade pode retroagir aos primeiros sintomas incapacitantes, não necessariamente coincidindo com o diagnóstico formal.
Incapacidade Total e Permanente: Impossibilidade de exercer qualquer atividade que garanta subsistência. Consideram-se limitações motoras evidentes, fadiga crônica incapacitante, alterações cognitivas significativas e distúrbios sensoriais. A permanência fundamenta-se no caráter progressivo e degenerativo da doença.
Dispensa de Carência: Lei 8.213/91, artigo 151, dispensa expressamente o período de carência para esclerose múltipla. Aplicável tanto ao auxílio-doença quanto à aposentadoria por invalidez, desde que a incapacidade seja posterior à filiação previdenciária.
Insuscetibilidade de Reabilitação: Limitações cognitivas, fadiga severa e progressão imprevisível frequentemente inviabilizam readaptação profissional, fundamentando aposentadoria definitiva.
Diferença entre Auxílio-Doença e Aposentadoria por Invalidez
A distinção entre benefícios transcende a temporalidade:
Auxílio-Doença:
- Incapacidade total e temporária
- Aplicável durante surtos com perspectiva de recuperação
- Valor: 91% do salário de benefício
- Sujeito a revisões periódicas programadas
- Contrato de trabalho mantém-se suspenso
Aposentadoria por Invalidez:
- Incapacidade total e permanente
- Formas progressivas ou sequelas incapacitantes irreversíveis
- Valor: 60% da média salarial + 2% por ano excedente a 20 (homens) ou 15 (mulheres)
- Maior estabilidade, conversão automática em aposentadoria por idade aos 60 anos
- Permite rescisão definitiva do vínculo trabalhista
A escolha adequada considera quadro clínico atual, progressão esperada, histórico de surtos e resposta terapêutica disponível.
Esclerose Múltipla Dispensa Carência no INSS: Entenda o Benefício
A dispensa de carência representa proteção social fundamental estabelecida pelo artigo 151 da Lei 8.213/91. Este direito reconhece a gravidade e imprevisibilidade da esclerose múltipla, garantindo acesso imediato aos benefícios independentemente do número de contribuições vertidas.
A isenção não elimina todos os requisitos. Permanece necessária a comprovação da qualidade de segurado no momento do diagnóstico ou início da incapacidade, distinção temporal que gera controvérsias administrativas relevantes.
Base Legal da Isenção de Carência
O artigo 26, inciso II, da Lei 8.213/91 estabelece carência ordinária de 12 contribuições mensais. O artigo 151 cria exceção expressa para doenças graves especificadas, incluindo definitivamente a esclerose múltipla através da Portaria Interministerial MPAS/MS 2.998/2001.
A Lei 14.191/2021 clarificou que a isenção aplica-se quando a doença for contraída após filiação ao RGPS, encerrando debates sobre necessidade de contribuição prévia ao diagnóstico.
Interpretação Administrativa: Instrução Normativa INSS 128/2022 reconhece dispensa automática mediante apresentação de laudo com CID G35, embora frequentemente questione distinção entre data de início da doença e data de início da incapacidade.
Consolidação Jurisprudencial: Superior Tribunal de Justiça e Turma Nacional de Uniformização consolidaram entendimento favorável à dispensa com mera qualidade de segurado comprovada.
Como Comprovar o Direito à Dispensa
A comprovação efetiva exige estratégia documental que demonstre nexo temporal entre filiação previdenciária e manifestação da doença:
Documentação Médica Essencial: Laudo neurológico detalhando histórico evolutivo completo, critérios diagnósticos de McDonald aplicados, descrição cronológica de surtos. Ressonâncias magnéticas seriadas demonstrando progressão lesional fortalecem significativamente a comprovação.
Estabelecimento da Data de Início: Sintomas iniciais documentados em prontuários médicos podem retroagir a DID para período com qualidade de segurado ativa. Consultas anteriores ao diagnóstico definitivo, mesmo por queixas inespecíficas, devem ser catalogadas e apresentadas.
Comprovação da Qualidade de Segurado: Demonstração através de CNIS atualizado, carteira de trabalho ou carnês de pagamento. Em casos de perda da qualidade, avaliar criteriosamente se sintomas iniciaram durante período de graça.
Documentos Necessários para Aposentadoria por Esclerose Múltipla
A aprovação do benefício depende fundamentalmente da qualidade e completude da documentação apresentada. O INSS mantém análise rigorosa, especialmente após implementação do sistema digital. A documentação deve articular comprovação diagnóstica inequívoca, demonstração da incapacidade laboral e evidência do cumprimento dos requisitos legais.
Exames Médicos Essenciais
Ressonância Magnética de Neuroimagem: Exame fundamental incluindo encéfalo e medula espinhal. Laudos devem descrever pormenorizadamente localização, dimensões e características das lesões desmielinizantes. Apresentar exames dos últimos 24 meses, preferencialmente com análise comparativa demonstrando progressão ou surgimento de novas lesões.
Análise do Líquido Cefalorraquidiano: Presença de bandas oligoclonais específicas fortalece comprovação diagnóstica, especialmente em apresentações clínicas atípicas ou diagnóstico diferencial complexo.
Potenciais Evocados Multimodais: Detectam alterações subclínicas na condução nervosa, corroborando disseminação espacial das lesões características da doença.
Avaliação Neuropsicológica Completa: Documenta objetivamente alterações cognitivas presentes em 40-70% dos casos através de testes padronizados, fundamental para profissões de natureza intelectual predominante.
Exames Funcionais Quantitativos: Testes de caminhada cronometrados, escalas validadas de fadiga e avaliações fisioterápicas especializadas quantificam limitações de forma objetiva e reprodutível.
Laudos e Relatórios Estratégicos
Relatório Neurológico Abrangente – Elementos Indispensáveis:
- Histórico evolutivo completo com datação precisa dos primeiros sintomas
- Classificação do tipo de esclerose múltipla e score EDSS atual
- Detalhamento de surtos, remissões e resposta aos tratamentos instituídos
- Correlação explícita entre limitações neurológicas e incapacidade laboral específica
- Prognóstico fundamentado e análise de possibilidade de progressão
Laudos Multidisciplinares Complementares:
- Oftalmológico (comprometimento visual e neurite óptica)
- Urológico (disfunção vesical e esfincteriana)
- Psiquiátrico (alterações de humor e comprometimento cognitivo)
- Fisioterápico (limitações motoras e funcionais)
Parecer Especializado de Medicina do Trabalho: Correlaciona limitações impostas pela doença com exigências específicas do cargo, analisa viabilidade de adaptações e fundamenta impossibilidade de reabilitação profissional efetiva.
Como Solicitar Aposentadoria por Esclerose Múltipla no INSS
O processo de requerimento evoluiu significativamente com a digitalização integral dos serviços previdenciários. A estratégia adequada considera não apenas aspectos procedimentais, mas momento oportuno para protocolo e preparação prévia para eventual perícia presencial.
Passo a Passo Atualizado 2025
1. Acesso ao Sistema: Portal Meu INSS ou aplicativo móvel, exigindo cadastro gov.br nível prata ou ouro. Atendimento presencial disponível mediante agendamento prévio pelo telefone 135.
2. Seleção do Benefício Apropriado: Menu “Pedir Benefício por Incapacidade”. Para esclerose múltipla progressiva ou com sequelas estabelecidas, recomenda-se solicitar diretamente aposentadoria por invalidez, evitando reanálises frequentes.
3. Preenchimento Criterioso: Informe CID G35 com especificações pertinentes. Descreva limitações funcionais concretas, não apenas diagnósticos. Mencione expressamente dispensa de carência fundamentada no artigo 151 da Lei 8.213/91.
4. Upload Documentação: Sistema aceita arquivos até 2MB em formato PDF. Organize documentos por categoria com nomenclatura descritiva. Documentos ilegíveis são automaticamente rejeitados.
5. Análise Documental Automatizada: Algoritmos avaliam documentação preliminarmente. Casos com documentação hospitalar completa e laudos especializados detalhados podem receber decisão sem perícia presencial.
6. Perícia Médica: Quando necessária, escolha agência considerando acessibilidade. Perícias domiciliares ou hospitalares mediante comprovação de impossibilidade de deslocamento.
Perícia Médica: Preparação e Orientações
Organização Documental: Apresente documentação cronologicamente organizada. Leve originais e cópias integrais, incluindo documentos já digitalizados no sistema.
Comunicação Efetiva com o Perito:
- Descreva limitações reais de forma clara e objetiva
- Relate honestamente o impacto da doença em suas atividades diárias
- Não minimize nem exagere sintomas
- Mencione todos os sintomas, incluindo fadiga e alterações cognitivas
- Explique a variabilidade sintomática característica da esclerose múltipla
Durante a Avaliação:
- Responda todas as perguntas com sinceridade
- Execute testes solicitados dentro de suas limitações reais
- Informe sobre dor ou desconforto durante exames
- Mantenha consistência com histórico médico documentado
Seus Direitos Assegurados: Acompanhante permitido, esclarecimentos sobre procedimentos, tratamento digno e respeitoso. Inadequações devem ser registradas para eventual contestação.
Valor da Aposentadoria por Esclerose Múltipla em 2025
A Emenda Constitucional 103/2019 alterou substancialmente o cálculo dos benefícios previdenciários. As novas regras, menos favoráveis aos segurados, tornam crucial a compreensão dos mecanismos de apuração e possibilidades legais de majoração.
Cálculo do Benefício Pós-Reforma
Salário de Benefício: Média aritmética simples de 100% dos salários de contribuição desde julho/1994. Eliminação do descarte dos 20% menores salários prejudica significativamente trabalhadores com histórico contributivo irregular.
Aposentadoria por Invalidez:
- Base: 60% do salário de benefício
- Adicional: 2% por ano contributivo acima de 20 anos (homens) ou 15 anos (mulheres)
- Para alcançar 100% da média: necessários 40 anos (homens) ou 35 anos (mulheres)
- Exceção: 100% da média quando incapacidade decorrer de acidente de trabalho
Auxílio-Doença: Mantém-se em 91% do salário de benefício, sem coeficiente progressivo. Pode ser temporariamente mais vantajoso para segurados com reduzido tempo contributivo.
Limitadores Legais: Piso de um salário mínimo nacional, teto correspondente ao limite máximo do RGPS vigente.
Adicional de 25% para Necessidade de Cuidador
Previsto no artigo 45 da Lei 8.213/91, destina-se a aposentados por invalidez que necessitam assistência permanente de terceiros.
Requisitos Objetivos: Comprovação pericial de necessidade para atividades essenciais: alimentação, higiene pessoal, locomoção, administração de medicamentos.
Esclerose Múltipla – Enquadramentos Frequentes:
- Paraplegia ou tetraparesia
- Alterações cognitivas graves com perturbação da vida orgânica
- Incontinência dupla estabelecida
- Ataxia severa incapacitante
- Necessidade de supervisão constante por risco de quedas ou lesões
Características do Adicional:
- Integra o benefício para todos os efeitos, inclusive 13º salário
- Pode ultrapassar o teto previdenciário estabelecido
- Cessa automaticamente com óbito do beneficiário
- Submete-se a revisões periódicas programadas
Procedimento de Solicitação: Via Meu INSS, função “Solicitar Acréscimo de 25%”, anexando laudos específicos sobre dependência de terceiros, não apenas gravidade diagnóstica.
Aposentadoria Negada: Como Recorrer e Garantir seus Direitos
A negativa inicial de benefícios para portadores de esclerose múltipla ocorre frequentemente, mesmo em casos documentalmente robustos. O indeferimento não representa impossibilidade definitiva – o sistema oferece múltiplas instâncias revisionais.
Principais Fundamentos de Indeferimento
“Incapacidade Laborativa Não Constatada”: Avaliação pericial limitada ao momento do exame, desconsiderando flutuações sintomáticas. Sintomas invisíveis como fadiga e comprometimento cognitivo são sistematicamente subestimados.
“Capacidade Residual Existente”: Alegação de possibilidade de exercer outra atividade, ignorando idade, qualificação profissional e realidade do mercado de trabalho. Desconsidera-se a imprevisibilidade característica da esclerose múltipla.
“Qualidade de Segurado Ausente”: Questionamento sobre perda da qualidade antes da incapacidade. A DII pode legitimamente retroagir aos primeiros sintomas incapacitantes.
“Documentação Insuficiente”: Fundamentação genérica para discrepâncias menores ou ausência de exames específicos nem sempre disponíveis.
Recurso Administrativo Efetivo
Prazo de 30 dias para protocolo junto ao Conselho de Recursos da Previdência Social.
Estratégias Comprovadas:
- Atacar especificamente cada fundamento da negativa
- Apresentar documentação médica adicional do período
- Incluir literatura médica atualizada sobre esclerose múltipla
- Citar precedentes favoráveis do próprio CRPS
- Invocar princípios constitucionais de proteção social
Via Judicial – Alternativa Eficaz
Não exige esgotamento administrativo. Judicialização imediata possível e frequentemente recomendável.
Vantagens Processuais:
- Nova perícia com expert judicial imparcial
- Formulação de quesitos específicos sobre esclerose múltipla
- Possibilidade de tutela antecipada para concessão imediata
- Índices de reversão significativamente superiores
Competência Jurisdicional: Justiça Federal ou Estadual subsidiária. Valores até 60 salários mínimos tramitam nos Juizados Especiais Federais, com celeridade e isenção de custas.
A reversão de negativas em esclerose múltipla demanda persistência, documentação adequada e estratégia jurídica especializada.
Perguntas Frequentes sobre Aposentadoria por Esclerose Múltipla
Esclerose múltipla aposenta automaticamente?
Não. O diagnóstico isolado não garante aposentadoria. É necessário comprovar através de perícia médica que a doença causa incapacidade total e permanente para qualquer trabalho.
Qual o CID da esclerose múltipla para aposentadoria?
CID G35 com subdivisões: G35.1 (remitente-recorrente), G35.2 (primária progressiva), G35.3 (secundária progressiva). A especificação correta é fundamental para dispensa de carência e análise adequada.
Quantas contribuições preciso ter para me aposentar com esclerose múltipla?
Nenhuma carência é exigida conforme artigo 151 da Lei 8.213/91. Necessária apenas qualidade de segurado – pelo menos uma contribuição e filiação ativa quando a incapacidade se manifestar.
Esclerose múltipla dá direito a qual tipo de aposentadoria?
Aposentadoria por invalidez se incapacidade for permanente, auxílio-doença se temporária. Alguns casos enquadram-se na aposentadoria da pessoa com deficiência com requisitos reduzidos.
Como comprovar incapacidade por esclerose múltipla na perícia?
Apresente laudos neurológicos detalhados, ressonâncias demonstrando lesões, relatórios sobre fadiga e comprometimento cognitivo. Descreva concretamente como sintomas impedem atividades laborais.
Qual valor do benefício para quem tem esclerose múltipla?
Aposentadoria por invalidez: 60% da média + 2% por ano acima de 20 (homens) ou 15 (mulheres). Auxílio-doença: 91% da média. Adicional de 25% possível se necessitar cuidador permanente.
Esclerose múltipla em remissão dá direito a benefício?
Depende do impacto residual. Sequelas limitantes, fadiga persistente ou alta frequência de surtos que impeçam regularidade laboral podem manter o benefício.
O que fazer se o INSS negar meu pedido?
Analise fundamentos da negativa. Protocole recurso ao CRPS em 30 dias com documentação complementar ou ajuíze ação judicial. Assessoria especializada aumenta significativamente chances de êxito.
Tenho esclerose múltipla mas nunca contribuí, tenho direito?
Sem contribuições não há direito previdenciário. Possível direito ao BPC/LOAS se comprovar incapacidade e renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo.
Como conseguir o adicional de 25% na aposentadoria?
Solicite pelo Meu INSS com laudos comprovando necessidade de assistência permanente. Esclerose múltipla com tetraparesia, alterações cognitivas graves ou incontinência estabelecida frequentemente justificam o adicional.
Conclusão
A conquista de benefícios previdenciários para portadores de esclerose múltipla exige mais que comprovação diagnóstica. Demanda estratégia jurídica especializada, documentação médica abrangente e compreensão profunda dos mecanismos administrativos e judiciais.
A complexidade da doença, com suas múltiplas manifestações e curso imprevisível, torna fundamental o acompanhamento profissional especializado. A Barbieri Advogados, com três décadas de experiência em Direito Previdenciário, oferece assessoria técnica necessária para garantir o reconhecimento dos seus direitos.
Nossa equipe especializada analisa cada caso individualmente, orientando desde a preparação documental até eventual judicialização, sempre buscando a solução mais adequada e célere para sua situação específica.
Maurício Lindenmeyer Barbieri
Sócio da Barbieri Advogados. Mestre em Direito pela UFRGS. Inscrito na Ordem dos Advogados (OAB/RS 36.798, OAB/DF 24.037, OAB/SC 61.179-A, OAB/PR 101.305, OAB/SP 521.298, RAK Stuttgart nº 50.159, OA 64443L). Contador inscrito no CRC/RS sob nº 106371/O. Membro da Associação de Juristas Brasil-Alemanha. Professor universitário, exerceu a docência na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e na Universidade Ritter dos Reis (UniRitter).

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